Existência (e conhecimento) de coisas exteriores à mente: alguns argumentos discutidos por Nagel
Existência
e Conhecimento do Mundo Exterior à Mente
(alguns argumentos discutidos por Nagel)
Argumento da Variabilidade das Percepções:
P1-Todas as características percebidas por nós são variáveis e dependentes das circunstâncias (i.e., quem percebe, onde percebe, como percebe, etc.)
P2-As características reais das coisas materiais não são variáveis e dependente das circunstâncias (i.e., independem de quem percebe, onde percebe, como percebe, etc.)
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C: As características das coisas materiais não são percebidas por nós
Variação:
C*: Todas as características percebidas por nós não são características das coisas materiais
Argumento da Alucinação:
P1-Uma alucinação não me dá evidência da existência de coisas externas (i.e., fora de minha mente)
P2-Uma percepção “real” só me dá evidência da existência de coisas externas se ela for qualitativamente diferente de uma alucinação.
P3-Uma percepção “real” não é qualitativamente distinta de uma alucinação
C: Uma percepção “real” não me dá evidência da existência de coisas externas
Argumento Solipsista:
P1-So existe aquilo para o qual eu tenho evidências indubitáveis
P2-Eu não tenho evidências indubitáveis da existência de coisas externas
C: Não existem coisas externas à minha mente
Argumento Cético:
P1-Só posso conhecer aquilo para o qual eu tenho evidências
P2-Não tenho evidência nem da existência e nem das propriedades de coisas externas
Não posso conhecer nem a existência e nem as propriedades das coisas externas
Argumento Causal:
P1-Eu tenho várias percepções de coisas materiais
P2-Tudo o que posso perceber tem uma causa
Existem coisas externas como causa de minhas percepções
Argumento da Melhor Explicação
P1-Tenho várias percepções ordenadas segundo leis
P2-A melhor explicação para P1 é que existem coisas externas à minha mente como causa dessa ordenação
C: Existem coisas externas à minha mente como causas dessa ordenação
Argumento Verificacionista:
P1-Só tem sentido (i.e., é verdadeiro ou falso) aquilo que pode ser verificado (ou refutado)
P2-A hipótese de que não existem coisas externas não pode ser verificada (ou refutada)
C: A hipótese de que não existem coisas externas não tem sentido
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